O que são startups?

Startups são jovens empresas em crescimento criadas para desenvolver um produto ou serviço único que seja insubstituível para seus consumidores. O termo é popularmente utilizado para empresas de tecnologia, no entanto, ele pode ser usado para qualquer tipo de empresa jovem e em emergência.

Monopólio é ótimo

Devemos ter em mente que as startups focam no progresso vertical, aquele que busca criar coisas novas, diferente do progresso horizontal que prioriza produzir produtos já existentes. Focar no progresso vertical é essencial para buscarmos um futuro mais sustentável, caso contrário, estaríamos disseminando formas velhas de produzir riqueza no mundo, as quais resultam em devastação.

Novas ideias fomentam o início de toda empresa, que surgem ao questionar conceitos já conhecidos e ao repensar o que achamos que sabemos sobre o passado.  Nesse sentido, o principal conceito do livro “De zero a um” do Peter Thiel, cofundador do PayPal, é que as empresas têm que criar um monopólio, no sentido de serem tão boas no que fazem que nenhuma outra consegue oferecer um substituto próximo. Um exemplo atual é o Google, que tornou-se um monopólio orgânico por possuir o motor de busca mais eficiente da internet.

O monopólio é a condição de todo negócio bem sucedido, tendo mais sucesso na medida em que realiza algo que as outras não conseguem. Como também, o monopólio não terá que se preocupar com a concorrência, podendo focar suas energias no desenvolvimento de novos produtos inovadores. A concorrência e suas rivalidades fazem com que o mercado não pense em inovações e insista em produtos já existentes.  Um excelente exemplo dessa situação foi a competição na criação de um leitor de cartão de crédito para celulares em 2010, a qual a grande competitividade fez com que os concorrentes vendessem o mesmo produto mas de formatos diferentes.

De zero a um, Peter Thiel, 2014

Como criar um negócio duradouro

Para criar um negócio duradouro, temos que o tornar monopolista a partir de 4 pontos: tecnologia proprietária, efeitos de rede, economia de escala e branding.

  • Tecnologia proprietária: buscar se diferenciar criando algo novo ou pelo menos 10 vezes melhor que o concorrente. Como exemplo temos a Amazon que tem mais livros que qualquer livraria. 
  • Efeitos de rede: tornar um produto mais útil à medida que as pessoas vão utilizando. Como exemplo temos o Facebook, que no início era exclusivo para estudantes de Harvard e, com o tempo, foi se expandindo. 
  • Economia de escala: o projeto deve ter o potencial de grande escala
  • Branding: criar uma marca forte, dando importância ao design, ao “user experience” (experiência do cliente ao utilizar o produto)…
 

É muito importante começar pequeno, dominar um “nicho” e depois expandir para mercados ligeiramente maiores. Como exemplo, a Amazon começou dominando o nicho dos livros e depois foi expandindo em decorrência de seus sucessos.

Cultura

A “cultura empresarial” não existe separada da própria empresa, pois toda empresa é uma cultura. Uma startup é uma equipe de pessoas com uma missão, e uma boa cultura é simplesmente como isso parece visto de fora. Para melhorá-la, podemos pensar em duas dimensões necessárias:

  • Além do profissionalismo: não se forma uma startup analisando currículos, mas, sim, buscando encontrar pessoas empolgadas com a empresa e que gostem de trabalhar juntas.
  • Imagem: todos utilizam camisas e itens da empresa, mostrando sua extrema fidelidade com o propósito da mesma.

Assim, busca-se membros que formem uma seita com uma cultura de dedicação extrema, mas que não seja radical, a qual o propósito muitas vezes não é entendido pelas pessoas de fora, podendo ser uma ideia, produto…

Metodologia Lean Startup

O conceito Lean Startup, em português traduzido como startup enxuta, é uma metodologia para criação de empresas através de experimentações, testes e mudanças do produto de acordo com a opinião dos clientes. Essa metodologia é baseada em três pilares: construir, medir e aprender.

  • Construir:  ela começa com a criação de um protótipo funcional do negócio, conhecido como MVP(Minimum Viable Project),  o qual já consegue deixar os consumidores satisfeitos.
  • Medir: a partir do protótipo inicial é possível medir as opiniões a respeito do produto e pontos de melhorias.
  • Aprender: depois de medir, deve-se aprender com os dados e utilizá-los para fazer significativas mudanças no produto para torná-lo ainda mais completo e mais aceito pelos consumidores.
https://analistamodelosdenegocios.com.br/lean-startup/

Depois de aprender as mudanças necessárias para o produto na última fase, voltamos à fase de construção, completando o ciclo.

Quer aprender mais?

Trago a recomendação do livro “De zero a um” do Peter Thiel, utilizado como uma referência desse blog, como também, do livro “Lean Startup” do Eric Ries.

Referências

THIEL, Peter. De zero a um: o que aprender sobre o empreendedorismo com o vale do silício. Rio de janeiro: Editora Objetiva, 2014.

CURRY, Benjamin. What Is A Startup? Forbes, 2021. Disponível em: <https://www.forbes.com/advisor/investing/what-is-a-startup/>. Acesso em: 13 de maio de 2021.

ULP, University Lab Partners. What is the Lean Startup Methodology?, 2020. Disponível em: <https://www.universitylabpartners.org/blog/what-is-lean-startup-methodology>. Acesso em: 13 de maio de 2021.

Graduando em Engenharia Elétrica | Membro do PET EEL desde 20.2

Interesses: Eletrônica de potência, Energias Renováveis e Negócios

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Gustavo Schewinski

Gustavo Schewinski

Coordenadora de Pesquisa e Projetos,  das atividades de pesquisa acadêmica do grupo. Acompanhamento de pesquisa e projetos, garantir oportunidades de estágio e pesquisa, desenvolver capacitação técnica 

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