Walter Pereira Carpes Júnior

Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica (DEEL)

Biografia

Walter é um típico manezinho da ilha. Toda sua família é de Florianópolis, visto que a família de seu pai chegou na ilha em 1754. Nasceu na Agronômica, onde morou até os 14 anos, quando se mudou para o Córrego Grande. Estudou durante 8 anos em uma escola pública estadual (Silveira de Souza) e depois estudou no Instituto Estadual de Educação, ambas na região central de Florianópolis. Fez apenas o vestibular da UFSC e passou para Engenharia Elétrica. Sua primeira experiência profissional como professor foi em 1990 na ŲFPR, onde trabalhou durante três anos no Departamento de Engenharia Elétrica, mas quis voltar para a ilha, pois seu objetivo era ser professor da UFSC, onde leciona há 25 anos. Seu mestrado é na área de processamento digital de sinais, feito no LINSE, laboratório da engenharia elétrica da UFSC, que na época se chamava Laboratório de Instrumentação Eletrônica, resultando na dissertação sobre filtragem adaptativa. O doutorado foi feito no Laboratório de Engenharia Elétrica de Paris, na França, na área de modelagem numérica de campos eletromagnéticos, particularmente propagação de ondas.

Carreira

Quais são suas áreas de atuação?

Atualmente, Walter trabalha na área de eletromagnetismo, principalmente altas frequências, propagação de ondas, antenas, otimização, etc. Mas procura participar na área da educação, como currículo de curso e métodos de educação, que são tópicos que o interessam muito.

Por que escolheu a Engenharia?

Porque gostava de abrir rádios! Walter sempre foi muito curioso e queria saber como as coisas funcionavam. Como adorava (e ainda adora) física e matemática e tinha vontade de saber como os aparelhos tecnológicos funcionavam, acabou escolhendo cursar Engenharia. Sua primeira opção seria Engenharia Eletrônica, mas como não existia o curso na época, escolheu Elétrica e fez várias disciplinas na área da eletrônica.

Por que escolheu a carreira de professor?

A escolha surgiu no final do ensino médio, pois quando o professor de matemática passava exercícios para resolver em sala, Walter já tinha resolvido todos há muito tempo, então acabava ajudando seus colegas com suas dificuldades. Descobriu assim que gostava de ensinar, tinha facilidade fazendo isso e que as pessoas gostavam de suas explicações. Quando entrou na UFSC, logo virou monitor de Física 1, ensinando seus colegas durante dois anos tal matéria. Walter frisa: “Eu não virei professor por falta de opção; eu virei professor por objetivo profissional”, pois teve propostas de empregos em empresas privadas e passou em vários concursos, como no da CELESC, mas abriu mão de todas porque queria ser professor.

Qual foi seu maior desafio na sua carreira?

O maior desafio foi o início da carreira, quando Walter foi para o Paraná, pois o curso na UFPR estava ainda no início, sendo ele o segundo professor de dedicação exclusiva do departamento. Na época, na engenharia elétrica da UFPR não havia estrutura, pesquisa e nem computador para trabalhar. Além disso, Walter tinha acabado de dar entrada em um pequeno apartamento com o dinheiro da bolsa de mestrado em Florianópolis, mas em Curitiba, teve que morar mal e de aluguel. Juntando o clima diferente, as pessoas com outro hábitos e a saudade de casa, Walter afirma que esse foi o maior desafio de sua carreira.

Qual foi sua maior conquista profissional?

Claro que o professor ficou feliz ao passar no concurso na UFPR e, mais ainda, quando passou no concurso da UFSC, mas a maior conquista é a reação que ele tem com os alunos, que vem ao longo do tempo, desde quando lecionava na UFPR. Para Walter, estar em sala de aula é uma diversão, uma terapia!

Quais matérias ministra?

Atualmente na graduação ministra uma matéria obrigatória para os cursos de Engenharia Elétrica, Eletrônica e Produção Elétrica, que se chama Ondas Eletromagnéticas. Ainda na graduação há uma optativa chamada Engenharia de Antenas, oferecida todo semestre. Já para a pós-graduação ensina “Modelagem numérica em eletromagnetismo”. Mas anteriormente já deu aula de matérias relacionadas a Sistemas de Comunicação, Eletricidade Básica, Circuitos e Eletrônica.

Quais laboratórios trabalha ou trabalhou?

Hoje faz parte do GRUCAD – Grupo de Concepção e Análise de Dispositivos Eletromagnéticos. Enquanto doutorando pesquisava pelo Laboratório de Engenharia Elétrica de Paris (LGEP), fez mestrado no LINSE – Laboratório de Circuitos e Processamento de Sinais e ainda na graduação participou do Labmetro-CERTI, na área de Instrumentação Eletrônica.

Quais são os projetos em andamento?

Já participou de vários projetos de pesquisa, sejam individuais, em laboratórios ou em parceria com empresas também, no entanto hoje trabalha em um único, que é o PRONEX, um núcleo de excelência financiado pelo CNPq, estando envolvido com pesquisas sobre cálculo de campos eletromagnéticos e otimização de dispositivos eletromagnéticos. Outras atribuições são as de tutor do PET Engenharia Elétrica, subchefe do departamento e integrante dos colegiados e dos núcleos docentes estruturantes dos cursos de Engenharia Elétrica e Eletrônica. São várias atividades que não estão relacionadas à pesquisa diretamente, mas sim ao ensino e aos currículos.

Ser professor do DEEL é:

Contando apenas a experiência dentro de sala de aula, Walter diz que é uma diversão.

Pessoal

Hobbies:

Música! Assim como os filhos e a esposa, toca vários instrumentos e gosta de praticar em família.

Esportes:

Gosta de acompanhar todos os tipos de esportes, mas prefere praticar futebol, futsal, tênis, tênis de mesa, bodyboard e curte também andar de bicicleta.

Estilos musicais:

Rock’n’roll em primeiro lugar! Mas gosta também de Blues, MPB e música francesa.

Filme:

Blade Runner! Acha a história maravilhosa e a trilha sonora fora do comum; diz que a cena final é a melhor vista na vida.

Livro:

Vários, com preferência para os de história da ciência.

Um lugar:

Florianópolis, particularmente a Lagoa da Conceição. Já viajou muito e visitou vários lugares no mundo inteiro, mas para onde sempre quer voltar e ficar é a Lagoa.

Um ídolo:

Na ciência tem um ídolo: Richard Feynman, um físico que foi considerado o melhor da segunda metade do século XX. Para ele, na história da física Feynman está à altura de Einstein, apesar de não ter tantas conquistas como o último, era considerado um gênio e um professor muito adorado por todos.
Na música, cita como ídolo Leonard Cohen, um músico, compositor, poeta e escritor canadense que o emociona bastante.

Banda favorita:

Pink Floyd e, em segundo lugar, The Beatles!

Um conselho para os futuros engenheiros:

Para os estudantes de engenharia, o primeiro conselho é que aproveitem esse tempo na universidade porque é uma época que passa rápido e deve-se buscar aprender e fazer o máximo de coisas que puder mas, claro, sem se sobrecarregar nem deixar de ter uma vida fora da universidade para isso!

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