Erlon Cristian Finardi

Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica (DEEL)

Biografia

“Nasci na cidade mais importante do Brasil, Lages”. Em 1992, entrei na faculdade, e em 1994 após tirar 10 em uma prova de circuitos elétricos com o professor Kassick, fui convidado para dar monitoria da disciplina. Em 1995, após meu bom desempenho na disciplina de Conversão A, fui oferecido uma bolsa de iniciação científica, no LABPLAN, para trabalhar com modelos energéticos do setor elétrico no supercomputador da IBM comprado pela UFSC. Em 1996.2 me formei. Naquela época não havia tantas oportunidades de empresas para trabalhar como engenheiro de sistemas de potência, portanto optei por fazer mestrado de 1997 até 1999. Tive outras oportunidades, porém, me descobri no meio acadêmico e acabei continuando para o doutorado, sempre trabalhando com modelos energéticos. Em 2003, após eu terminar o doutorado, abri uma empresa de consultoria com mais 3 amigos colegas de faculdade, mas continuei vinculado ao LABPLAN. Em 2006 foi aberto o concurso para professor da UFSC, no qual passei juntamente com outros professores como o Sar Márcio Holsbach e o “magrinho do Maurício”. Desde então, atuo no LABPLAN desenvolvendo projetos com empresas e orientando diversos alunos de mestrado e doutorado, apesar do mercado hoje estar enfraquecido.

Carreira

Quais são suas áreas de atuação?

Planejamento de operação energética do sistema de energia elétrica.

Por que escolheu a Engenharia?

Embora gostava muito de história, geografia e meteorologia, planejava fazer engenharia. Na época não existia “Guia do Estudante”, eu sempre fui “meio CDFinho” e tinha um amigo chamado “Grilo”, que era bastante inteligente. Entramos juntos no BESC para fazer a inscrição do vestibular e ainda não sabíamos que curso íamos fazer, apenas que queríamos Engenharia, por gostarmos de física e matemática no ensino médio. Pensei em fazer Mecânica, por não muito gostar de desenhar, mas o irmão do “Grilo” fazia Mecânica e por isso consegui ver que ele fazia peças desenhadas, decidi então optar por elétrica, em uma decisão “bastante racional”(brincadeira do professor). “Não façam isso em casa” (ele comenta sobre como tomou sua decisão de carreira).

Por que escolheu a carreira de professor?

Um conjunto de fatores, não é algo que você planeja. Recebi oportunidades que me levaram para esse caminho, como a bolsa de iniciação dentro do LABPLAN, e também levei em consideração a conjuntura da época, de poucas empresas no setor e a situação econômica do país. Também levei em consideração minha habilidade de simplificar problemas complexos, algo que considero importante como professor, vai ao encontro com a didática.

Qual foi seu maior desafio na sua carreira?

O maior desafio seria lidar com a máquina pública, você é altamente formado, possui uma especialidade muito boa mas a estrutura em si é ruim, para conseguir projetos você precisa sair por si, lidar com uma grande burocracia. O professor universitário possui diversas tarefas o que diminui consideravelmente o tempo do pensar, refletir sobre as aulas dadas.

Qual foi sua maior conquista na sua carreira?

Para mim não existe algo pontual, é uma “integral” de experiências. Você olhar para o passado e ver essa evolução, inclusive como professor e como pesquisador. Tive várias gerações de bons alunos, estabeleci linhas de pesquisa que são referência no Brasil e consigo publicar com vários pesquisadores de fora do Brasil.

Quais matérias ministra?

Primeira matéria que ministrei foi Sistemas Digitais (laboratório e teoria) para a Computação, uma área que não possuía muita afinidade. Ministrei também Eletrônica A de laboratório, Circuitos Elétricos de laboratório, Planejamento da Operação, e Computação Científica 2. Na Pós-Graduação, já ministrei Introdução a Otimização, Métodos Numéricos, Otimização Estocástica, Planejamento Energético e Riscos de Comercialização.

Quais laboratórios trabalha ou trabalhou?

Apenas no LABPLAN.

Quais projetos em andamento?

Tenho atualmente dois projetos em andamento. Trabalho com turbinas Kaplan, muito utilizadas em hidrelétricas com quedas baixas, em modelo para sua representação e planejamento de operação, por exemplo, definindo qual a melhor angulação das pás ao longo do dia, para obter maior eficiência. Também tenho um projeto, já em fase final, em parceria com um professor estrangeiro, tratando de métodos numéricos. A aluna envolvida no projeto agora trabalha como professora na Computação.

Ser professor do DEEL é:

Um privilégio.

Pessoal

Hobbies:

Gosto muito de música, especialmente jazz, inclusive venho de família de músicos. Também faço atividade física, e outro hobby que tenho é fazer churrasco.

Esportes:

Futebol.

Estilos musicais:

Atualmente gosto de Jazz, Blues, Bossa Nova. Durante a faculdade, escutava mais Death metal e Trash metal, inclusive tinha um cabelo comprido “lindo”.

Filme:

Gosto mais de documentários e seriados. Recomendo Jazz, de Ken Burns, que conta toda a história do jazz, desde o seu surgimento em um bairro pobre dos Estados Unidos.

Livro:

Indico livros do Richard Feynman.

Um lugar:

Londres. Já visitei outros lugares, como Nova Zelândia, mas gosto mais de cidades.

Um ídolo:

Richard Feynman, um físico ganhador de prêmio nobel que é um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica.

Um conselho para os futuros engenheiros:

Além dos conselhos básicos como perseverança e esforço, o grande desafio dos futuros engenheiros seria lidar com a grande quantidade de informação que recebem hoje. Saber selecionar o que é importante, afinal, já estamos em meio de muita informação e isso não irá mudar, além de tudo se manter saudável, saber se desligar “da máquina”.

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